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A Amazônia brasileira registrou mais de 37.000 incêndios florestais até agora este ano, o pior número em quase duas décadas, de acordo com dados de satélite divulgados na quarta-feira.
Esse número é 111% superior ao mesmo período de 2023, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Desde que o INPE começou a coletar dados em 1998, apenas 2005, 2004 e 2003 registraram mais incêndios no mesmo período.
De 1º de janeiro a 13 de agosto, ocorreram um total de 37.835 incêndios na Amazônia brasileira este ano.
A Amazônia passou por uma seca histórica entre junho e novembro do ano passado, que propiciou incêndios que também afetaram o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas tropicais do mundo, localizada ao sul da floresta tropical.
Na semana passada, a World Weather Attribution (WWA) afirmou num comunicado que as condições quentes, secas e ventosas que alimentaram os incêndios no Pantanal eram “até 40% mais prováveis devido às alterações climáticas”.
Os dados mais recentes representam notícias difíceis para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo com o desmatamento na Amazônia – que ajuda a conter o aquecimento global ao absorver dióxido de carbono – estar desacelerando.
Lula prometeu acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
A prática piorou dramaticamente sob o seu antecessor de extrema direita, Jair Bolsonaro.
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