Connect with us

Top News

Morte de pacientes com peeling de pele levanta preocupações sobre procedimentos estéticos no Brasil

Published

on

Morte de pacientes com peeling de pele levanta preocupações sobre procedimentos estéticos no Brasil

São Paulo, Brasil – Aos 15 anos, o psicólogo brasileiro Alexandre Yomatsu de Paula Okumoto começou a sofrer de acne severa, o que afetou significativamente sua autoestima. Ele tentou tratamentos com cremes, lasers, luz pulsada e antibióticos, mas mesmo conseguindo controlar as manchas, continuou lutando contra cicatrizes.

Com isso, ela recorreu a tratamentos estéticos como peelings de diamante e mediterrâneos, além de sessões de microagulhamento com ácido hialurônico. Embora tenham ajudado a reduzir as cicatrizes, a pele de Okumoto nunca voltou ao seu estado original e ela acredita que terá que repetir esses procedimentos pelo resto da vida.

Okumoto admite que sua decisão de fazer tratamento estético foi fortemente influenciada por questões de autoestima e pressão social. “Há uma pressão estética enorme para atender a um determinado padrão de beleza, principalmente na comunidade LGBTQIA+, onde é preciso ter o corpo perfeito, os dentes perfeitos, a pele perfeita. Mas nunca poderemos cumprir esses padrões”, disse ele Relatórios do Brasil.

A busca pela aceitação de si mesmo e dos outros impulsiona o desejo de melhorar sua aparência. “Quando a gente olha no espelho e vê uma falha, dói. Hoje, o que me leva aos procedimentos estéticos é me sentir bem com a pele, me olhar no espelho e não ver imperfeições. É algo que está tão arraigado em mim que é difícil quebrar.

Assim como Okumoto, milhares de brasileiros buscam tratamentos estéticos para corrigir o que consideram imperfeições na aparência. O Brasil ocupa o segundo lugar em cirurgia plástica no mundo, depois dos Estados Unidos. De acordo com os dados Da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).

Pelo menos 1,5 milhão de cirurgias plásticas são realizadas anualmente no Brasil, sendo 57% estéticas e 43% reconstrutivas, De acordo com À Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). O mercado brasileiro é muito ativo, com centenas de estrangeiros vindo ao país apenas para fazer cirurgias plásticas: Pelo menos 7% Procedimentos anuais (mais de 100 mil) são realizados em estrangeiros.

Em termos de tratamento estético não cirúrgico, o crescimento é ainda maior: 56% entre 2020 e 2022, tornando o Brasil o segundo país. Ranking mundial Tratamentos não invasivos. Entre as práticas mais populares, De acordo com o ISAPSBotox, preenchimentos faciais à base de ácido hialurônico, depilação a laser, bioestimuladores de colágeno e tratamentos de redução de gordura por congelamento de células de tecido adiposo.

READ  Fase estatal da China: a anexação do norte e do sul do Brasil

Mas com tanta procura, também aumentam os riscos para os pacientes.

O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. Crédito da imagem: Way Home Studio/Freepik

A morte de um jovem após um procedimento estético em São Paulo no início deste mês reacendeu debates sobre o agendamento de tratamentos com profissionais não qualificados, muitas vezes sem formação médica, ou em clínicas sem estrutura para atender situações emergenciais.

Segundo Carolina Marson, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), todos os procedimentos invasivos ou que provoquem alguma alteração fisiológica ou anatômica nas características da pele devem ser realizados apenas por um médico. Isto se deve tanto à importância significativa de uma avaliação preliminar completa e rigorosa quanto às complicações potenciais que somente um médico está qualificado para lidar.

“O processo não consiste em injetar ou aplicar um produto, mas envolve uma avaliação antes e depois, bem como o acompanhamento posterior. É muito importante procurar um dermatologista que tenha conhecimento para tratar as alterações cutâneas”, disse. Relatórios do Brasil.

Morte em clínica de estética de alto padrão em São Paulo

No dia 3 de junho, o empresário Henrique Silva Sagas, de 27 anos, morreu vítima de peeling de fenol em uma clínica de estética de uma região nobre de São Paulo. Esteticista e influenciadora com mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, Natalia Fabiana de Freitas Antonio, também conhecida como Natalia Becker, reservou o tratamento ao custo de R$ 4,5 mil (US$ 900).

Os peelings de fenol são um procedimento recomendado para o tratamento do envelhecimento facial grave. Quando realizado corretamente e de acordo com as orientações, ocorre produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas, o que rejuvenesce completamente a pele.

Porém, por se tratar de um procedimento invasivo que envolve substância tóxica, podem ocorrer complicações como dores intensas, alterações na cor da pele e problemas cardíacos imprevisíveis, independentemente da concentração de fenol, método de aplicação e profundidade atingida na pele.

No caso de Chagas, ele adoeceu minutos após o peeling. Ela estava com falta de ar e tremendo, disse o namorado, Marcelo Camargo, que estava com ela. O hospital chamou uma ambulância, mas quando a equipe médica chegou confirmou o óbito.

Natalia Becker é investigada após morte de paciente. Crédito da imagem: Instagram

No mesmo dia, a polícia abriu investigação e fechou a clínica de Natalia Becker, alegando que o peeling de fenol não era permitido. A hipótese dos investigadores é que Chagas pode ter tido uma reação alérgica e morrido de “choque anafilático”.

READ  BP planeja entrar com etanol 2G, combustível de aviação sustentável com base no Brasil

A polícia interrogou a esteticista e classificou o caso como “trágico”.

“Estou profundamente triste com o incidente. Sinto muito. Isso arruinou minha vida. Nunca quis machucá-lo”, disse Becker após deixar a delegacia. Ela ainda não foi presa.

De acordo com a legislação brasileira, se uma pessoa corre o risco sem intenção de matar e não tem treinamento adequado no uso do fenol, a polícia está considerando a possibilidade de acusá-la de homicídio com intenção última.

Sua advogada, Tatiana Forte, disse que Becker fez um curso online para aprender a usar o fenol no final de 2023. “Era um curso gratuito organizado por um farmacêutico e especificava a quantidade de fenol e como utilizá-lo. Então, é um procedimento simples”, disse o advogado.

No entanto, as associações médicas têm opinião diferente e defendem que apenas os médicos devem usar fenol, por se tratar de um procedimento invasivo com risco de efeitos secundários graves.

Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMSP) Disse Procedimentos invasivos como peelings de fenol “só devem ser realizados por médicos”, e a prática por pessoal não médico representa um “risco inaceitável para a saúde pública”.

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Disse A esfoliação do fenol requer extrema cautela. “É imprescindível que o procedimento seja realizado por médicos habilitados, com o paciente devidamente sedado e sob monitoramento cardíaco”.

Henrik Sagus (à esquerda) morreu devido ao peeling de fenol na clínica (centro) de propriedade de Natalia Becker (à direita).

O que os pacientes podem fazer?

Marson ressalta a importância de consultar um dermatologista antes de realizar qualquer procedimento estético, por mais simples que pareça. Ele aconselha verificar se o médico possui certificado de especialista: “Para todos os procedimentos invasivos que envolvem injeções, que têm uma operação muito grave, o melhor é que o paciente procure a orientação de um especialista”.

A orientação é ainda mais importante quando se considera que o público que busca procedimentos estéticos no Brasil é majoritariamente mais jovem. Como aí consta Instituto de Análise de Mercado HSR, 80% dos jovens de 18 a 25 anos desejam se submeter a algum tipo de tratamento. Este número cai para 60% nas pessoas com menos de 40 anos e 40% nas pessoas com mais de 60 anos.

READ  Após tumultos pró-Bolsonaro e dezenas de prisões, Brasil ainda se recupera

Além disso, são as gerações mais jovens que procuram informação nas redes sociais e são atraídas por especialistas menos qualificados. Segundo Marzon, as redes sociais muitas vezes exibem desinformação, com pessoas se apresentando como especialistas sem as devidas credenciais, como a influenciadora Natalia Becker.

“Isso permite que pessoas sem treinamento formal se posicionem como autoridades e mostrem resultados reais usando muitas imagens manipuladas de antes e depois. cair na armadilha e colocar sua saúde e vida em risco”, afirmou o médico.

Os pacientes devem ser cautelosos antes de se submeterem a procedimentos estéticos. Crédito da imagem: Freepik

Também é importante pesquisar na clínica antes de agendar qualquer procedimento. A instrutora Luciglia de Azevedo Chaves usa um cristal para reduzir sardas e sardas no rosto antes da esfoliação. “Verifiquei se os outros pacientes estavam satisfeitos e se a clínica era credenciada. Gostei do resultado, não houve complicações”, disse. Relatórios do Brasil.

A advogada Cynthia Moraca passou por um tratamento de ultrassom microfocado em uma clínica recomendada por uma amiga para estimular o colágeno e reduzir a flacidez facial. Porém, ela não ficou totalmente satisfeita com as informações fornecidas após o atendimento e procedimento, apareceu uma mancha em seu rosto e ela começou a sentir desconforto na bochecha.

“Tive que procurar um dermatologista especializado em estética para avaliar as lesões. Já fiz outras aplicações de estimulação de colágeno e sinto que minha pele já está melhorando”, disse ela. Relatórios do Brasil. “Mas os procedimentos são muito caros e gastamos por ansiedade e vontade de resultado. Tudo o que fiz foi por entusiasmo”, disse.

Uma das razões pelas quais muitos pacientes recorrem a especialistas menos qualificados em vez de especialistas é o alto custo dos procedimentos. “O preço é um fator decisivo, mas deve ser motivo de dúvida. Dependendo da formação profissional, dos produtos ou equipamentos utilizados, há muitos custos na prática. para o paciente”, disse Marson.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Top News

Previsão de geração distribuída do Brasil atrairá US$ 30 bilhões até 2034

Published

on

Previsão de geração distribuída do Brasil atrairá US$ 30 bilhões até 2034

notícias

Espera-se que a geração distribuída (GD) do Brasil cresça entre 56% e 135% durante a próxima década, exigindo investimentos de 70,4 a 162 bilhões de reais (US$ 12,8 a 29,4 bilhões) durante este período.

Essa previsão foi divulgada recentemente pelo Instituto Federal de Pesquisas Energéticas, EPE.

A capacidade nacional de GD é atualmente de aproximadamente 30 GW, baseada principalmente em energia solar, de acordo com a Aneel, órgão fiscalizador do setor. São 2,6 milhões de instalações em 5.548 municípios do país.

A variação das previsões deve-se sobretudo à incerteza relacionada com a remuneração da energia entregue à rede a partir de 2029, resultado da metodologia de cálculo dos benefícios da micro e mini-GD (MMGT) para o setor elétrico, ainda por definir. Pela Aneel.

O cenário básico da EPE prevê que a capacidade de GD do Brasil atingirá 58,8 GW até 2034, exigindo investimentos de 116 bilhões de reais.

Enquanto isso, os cenários de baixo e alto padrão são 46,9 GW (70,4 bilhões de reais) e 70,5 GW (162 bilhões de reais), respectivamente.

No cenário de referência, espera-se que o segmento residencial lidere em termos de capacidade instalada, enquanto as tecnologias de geração de energia fotovoltaica lideram.

Assine a plataforma de business intelligence líder da América Latina com uma variedade de ferramentas para fornecedores, empreiteiros, operadores, setores governamentais, jurídicos, financeiros e de seguros.

” class=”btn btn-lg btn__orange-light ” qa-automation=”cmd_robot_btn_footer_content_demo”> Solicite uma demonstração

READ  Atualização 1 - Relatório de que o governo brasileiro está reduzindo a previsão de déficit orçamentário para 2021
Continue Reading

Top News

Brasil x Costa Rica: CONMEBOL Copa América – BBC Sport

Published

on

Brasil x Costa Rica: CONMEBOL Copa América – BBC Sport

O Brasil começou a derrota na Copa América contra a Costa Rica, em Los Angeles, com um empate sem gols.

Os nove vezes vencedores tiveram 74% de posse de bola e 19 remates, mas não conseguiram avançar na estreia no Grupo D.

Rabinha acertou na trave após cobrança de falta e Margoino colocou na rede aos 30 minutos, mas o vídeo-árbitro anulou a marcação por impedimento.

O técnico brasileiro Dorival Jr trouxe um jovem chamado Entric Assinado pelo Real Madrid. E Savio saiu do banco, mas não conseguiram encontrar um vencedor.

Lucas Paquetá acertou a trave após uma hora e desperdiçou duas chances finais de boas posições no Sophie Stadium, em Hollywood Park.

O meio-campista do West Ham United admitiu que sua equipe precisa melhorar quando enfrentar o Paraguai no sábado (02h00 BST).

“Fizemos um grande jogo, lutamos até o fim, eu mesmo tive três chances, estamos decepcionados por não vencer, mas vamos sair com confiança”, disse Paquetá.

“Fizemos o nosso jogo e precisamos de melhorar a nossa finalização, especialmente eu, para podermos vencer.”

O técnico da Costa Rica, Gustavo Alfaro, fez uma analogia com um filme para enfatizar o quanto sua equipe havia sido descartada antes do início da partida.

“Éramos Bruce Willis em ‘O Sexto Sentido’, onde é ele quem não sabe que está morto, certo?” ele disse.

“Bem, no nosso caso todos pensaram que estávamos mortos antes do filme começar.”

READ  Narrador: O que Lula e Bolsonaro estão propondo para a política fiscal brasileira?
Continue Reading

Top News

Antigo réptil semelhante a um crocodilo descoberto no Brasil

Published

on

Antigo réptil semelhante a um crocodilo descoberto no Brasil

Uma paisagem do Triássico Médio-Final do sul do Brasil retrata um grande Prestosuchus sinequensis alimentando-se da carcaça de um dicinodonte, enquanto indivíduos de Parvosuchus aurelio competem por restos. Crédito: Matheus Fernandes/Natureza

Descoberta de Parvosusus Aurelio, Novo espécies Antigo réptil predador do grupo dos pseudosuchianos, relatado no Brasil. Cerca de 237 milhões de anos atrás, no final da Idade Média Triássico Com o tempo, a descoberta acrescenta uma visão significativa sobre a diversidade dos primeiros répteis antes do domínio dos dinossauros.

Um artigo foi publicado Relatórios científicos Um novo e antigo réptil predador conhecido como Parvosuchus aurelioi No brasil. Esta criatura pertence a uma classe de répteis semelhantes a crocodilos, conhecidos como pseudosuchianos. O espécime representa a primeira descoberta de um pequeno réptil predador desse tipo no país, datando do Triássico Médio Superior, cerca de 237 milhões de anos atrás.

Antes do domínio dos dinossauros, os pseudosuchianos eram a forma mais comum de antigos répteis tetrápodes durante o período Triássico (252 – 201 milhões de anos atrás), sendo algumas espécies os maiores carnívoros da época. Pequenos pseudosuchianos chamados gracilisucídeos viveram ao lado desses predadores de ponta e são encontrados em áreas como China e Argentina.

Foi revelado Parvosuchus aurelioi

Agora, Rodrigo Muller descobriu uma nova espécie de gracilissuchídeo baseada em um exemplar encontrado na Formação Santa Maria, no Brasil. O esqueleto parcial tem aproximadamente 237 milhões de anos e consiste em um crânio completo incluindo a mandíbula, 11 vértebras vertebrais, uma pelve e articulações parcialmente preservadas. Autor nomeia novas espécies Parvosuchus aurelioi Deriva de ‘parvus’ (pequeno) e ‘suchus’ (crocodilo) e homenageia o paleontólogo amador Pedro Lucas Porcella Aurelio que descobriu os fósseis.

READ  Narrador: O que Lula e Bolsonaro estão propondo para a política fiscal brasileira?

O crânio tem 14,4 centímetros (5,7 pol.) De comprimento e consiste em mandíbulas longas e delgadas com dentes afiados curvados para trás e vários crânios. O esqueleto é de construção leve e estimado em menos de um metro de comprimento total. Esses recursos são categorizados B. Aurélio Um gracilissuchídeo, diz o autor, sendo a primeira espécie desse grupo a ser confirmada no Brasil. A descoberta destaca a diversidade entre os pseudozoários do Triássico, acrescenta.

Nota: Rodrigo D. Müller, 20 de junho de 2024, “Um novo pequeno arcossauro pseudosuchiano predador do Triássico Médio-Final do sul do Brasil” Relatórios científicos.
DOI: 10.1038/s41598-024-63313-3

Continue Reading

Trending

Copyright © 2023